terça-feira, 17 de novembro de 2009

SAÚDE

Olhe a câmera e diga om
Combate a hipertensão, o diabetes, a depressão e os problemas de menopausa. Para a ciência, há muitos mais motivos para fazer ioga do que relaxar ou manter em forma
Ernesto Bernades



ANTEFLEXÃO COM A CABEÇA NO JOELHO (em sânscrito, parivrtta janu sirsasana) Esta posição (imagem ao centro) massageia os órgãos internos do abdome e alonga a região lombar e a parte posterior das
coxas. Nesta reportagem, a professora de ioga Renata Broglia Mendes mostra
algumas posições

A IOGA, TÉCNICA INDIANA que une exercícios, relaxamento, controle respiratório e meditação, era usada no Ocidente, até pouco tempo atrás, apenas com essas finalidades relaxar, controlar respiração e meditar. Recentemente, porém, ocorreu uma transformação significativa na maneira como o Ocidente vê a ioga. Ela se transformou num poderoso auxiliar no tratamento de doenças, com eficácia comprovada por vários estudos acadêmicos. Os três principais sites americanos de pesquisas médicas relacionam 515 estudos sobre ioga nos últimos cinco nos. Os testes clínicos mostraram que a ioga, aliada à medicina convencional, pode ter um papel importante no tratamento das seguintes doenças:

• hipertensão
• diabetes
• depressão
•asma
•artrite
•irritações no intestino
•alcoolismo
Bem-vindo o mundo da iogaterapia. Trata-se de um exemplo de quão produtivo pode ser o encontro, sem preconceitos, da cultura ocidental com a oriental. "A ioga é minha terapia favorita, porque une meditação e atividade física", diz o cardiologista Mehmet Oz, diretor do Instituto de Doenças Cardiovasculares da Universidade Colúmbia, em Nova York. "Ela pode ser praticada mesmo por pessoas que estejam extremamente doentes". Alguns mestres indianos podem se arrepiar ao ouvir ocidentais de avental falando de ioga como quem se refere a pílulas ou injeções. Para eles, a ioga é uma imensa biblioteca de conceitos e técnicas, ou uma base de sua visão de mundo. Sim, suas diversas escolas têm como objetivo uma vida mais saudável (leia quadro na sequência da matéria). Mas sobretudo o progresso espiritual e a "paralisação dos turbilhões da mente", na definição do mais antigo tratado sobre o assunto, o Yoga Sutra, escrito por volta de 500 a.C. pelo sábio indiano Patañjali (leia quadro na sequência da matéria). Mesmo entre esses mestres indianos, no entanto, é cada vez maior a aceitação da aplicação da ioga pela medicina ocidental - desde que ela venha acompanhada de uma compreensão profunda dos princípios originais.

CONTRA A DEPRESSÃO
A professora de Filosofia Gabriela Lafetá Borges faz a "postura do guerreiro 2",
no Parque da Cidade, em Brasília. "Ioga, para mim, é uma questão de sobrevivência", diz

Os médicos que usam seriamente a ioga no tratamento de doenças também enfatizam essa necessidade. "Se me perguntarem para que casos eu a indico, eu espondo: para todos", diz Cesar Devesa, pesquisador do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, centro de referência da medicina brasileira. "Mas não se trata apenas de repetir uma série de exercícios. É um tratamento holístico, que implica mudar a vida. Quando encontramos alguém com um problema cardíaco, não consideramos que seja apenas um defeito do coração. É um problema sistêmico, que se manifesta no coração." Eis o que afirma o professor de Educação Física Marcos Rojo, da Universidade de São Paulo, que fez doutorado em Ioga na Índia: "A ioga tem ambições muito maiores que curar uma dor de cabeça. Para isso, seria melhor tomar um analgésico". Os dois usam a ioga no tratamento de doentes. "Mas dentro de uma perspectiva integral", diz Devesa. "Precisamos ser honestos com a ioga."
Nunca a técnica indiana foi tão utilizada por ocidentais. Nos Estados Unidos, cerca de 15 milhões de pessoas a praticam. Celebridades como Madonna ou Sharon Stone são adeptas (leia quadro na sequência da matéria). Madonna incluiu posições de ioga na coreografia de sua turnê Re-Invention. No Brasil, a Cia Athletica, uma das maiores redes de academias do país, viu a procura pela modalidade triplicar nos últimos três anos. Desde fevereiro, as matrículas aumentaram 10% na concorente Bio ritmo. No site Submarino, o maior de venda de livros no país, há 120 títulos com as palavras "ioga" e "yoga". (Em português, os dicionários ecomendam a grafia ioga, e a palavra é um substantivo feminino. Muitos praticantes, no entanto, preferem dizer "o yôga", com circunflexo no "o" , pois em sânscrito o termo é masculino.)
Essa disseminação avassaladora foi um dos fatores responsáveis pela redução no preconceito que, até pouco tempo atrás, havia nos meios científicos contra a ioga. O professor Shotaro Shimada, de 78 anos, fundador da primeia academia de ioga de São Paulo, costuma dizer que há 30 anos, quando algum aluno o procurava pedindo ajuda para um problema de saúde, costumava comentar: "Não diga para o meu médico que eu faço ioga, tá? Ele pode não gostar". Na década passada, a atitude dos doutores começou a mudar. Os pacientes contavam sobre a atividade e ouviam: "Ioga, é? Pode fazer, que mal não faz". Hoje, segundo ele, a reação evoluiu para: "Interessante! E como você está se sentindo agora?".

IOGA CORPORATIVO
Aula na sede da Credicard-Citibank, em São Paulo. Estudos mostram que a iniciativa reduz as despesas com saúde dos funcionários

O ceticismo dos médicos tinha uma razão: até recentemente, os estudos sobre ioga e saúde eram poucos e inconclusivos. No Oriente, a maioria das pessoas considerava óbvio que ela fazia bem à saúde, e isso não precisava ser provado afinal, funcionava há cerca de 5.500 anos. Do lado ocidental do mundo, porém, mesmo os cientistas que simpatizavam com a prática pareciam achar que seria muito difícil medir seus efeitos. Isso começou a mudar em 1990, quando o cardiologista americano Dean Ornish submeteu um grupo de pacientes cardíacos a um regime de exercício aeróbico e ioga, acompanhado de uma dieta vegetariana com baixíssimo teor de gordura. Depois de um ano, 82% dos pacientes haviam melhorado. Boa parte apresentou redução no nível de bloqueio das artérias. Até então, isso era considerado impossível sem a ajuda de remédios ou cirurgia. Mas o estudo deixou uma dúvida. Os responsáveis pela melhora não seriam apenas a dieta e a aeróbica? E se a ioga não tivesse nenhuma influência?
Muitos trabalhos recentes se dedicaram a elucidar essa dúvida. A ioga foi submetida à mesma prova costumeiramente aplicada aos medicamentos ocidentais: os testes clínicos. Na Índia, um estudo comparou dois grupos de professores de Educação Física com indicadores de saúde equivalentes, que praticavam a mesma quantidade de exercícios. Um dos grupos passou por três meses de aulas de ioga. O outro não. Ao final do teste, o primeiro grupo tinha melhorado a pressão arterial e a capacidade respiratória. Seus batimentos cardíacos também se mantiveram mais baixos, quando submetido a testes de resistência física. Em outro trabalho, também na Índia, foram convocados dois grupos de universitários com saúde normal. Um deles não fez nada. O outro teve aulas de ioga durante um mês. Depois desse período, os pesquisadores chamaram todos os voluntários e os convidaram a se deitar no chão e a relaxar. O praticantes de ioga tiveram em média sete batimentos cardíacos a menos por minuto. Isso significa que relaxaram muito mais e que tinham melhor condição cardíaca.
A pesquisadora Kim E. Innes, especialista em Saúde Pública da Universidade da Virgínia, coordenou um estudo revisando toda a literatura sobre ioga e doenças circulatórias. Concluiu que, embora muitos trabalhos tenham problemas metodológicos, pelo menos 70 merecem ser levados em consideração. Sua conclusão: "É possível afirmar que a ioga reduz muitos fatores de risco ligados às doenças cardiovasculares e à resistência insulínica". Essa resistência insulínica, uma disfunção do pâncreas, é o principal sinal inicial do diabetes causado por fatores como dieta ou estilo de vida, conhecido como diabetes do tipo 2. Os estudos que mediram as gorduras no sangue mostraram que a ioga pode reduzir em até 25% o nível total de colesterol, em 26% o nível de colesterol tido como ruim e em 28% o nível das gorduras conhecidas como triglicérides. "Mesmo no curtíssimo prazo, a prática é suficiente para reduzir a pressão arterial", afirma Kim.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE GINECOLOGIA
PERGUNTA: Faz algum tempo, tenho sentido um ardor horrível após a relação. Já fiz diversos exames que não acusam nada. Meu médico encontrou uma bactéria que está tratando, mas mesmo assim ainda sinto um pouco de
ardência. O que pode ser?

RESPOSTA: o caminho para o seu tratamento esta certo, pode ser que esteja com algum tipo de infecção mesmo e que necessita do uso de antibiotico mais especifico.

PERGUNTA: Perdi minha virgindade, sendo que na hora eu não sangrei, mais depois de 2 dias estou sangrando,
principalmente quando eu faço xixi, isso é normal?

RESPOSTA: Sim, pois ocorreu ruptura do hímen , porém se tiver muita dor ao fazer xixi, pode ser infecção de urina, procure uma avaliação.

PERGUNTA: Gostaria de saber, porque quando eu faço sexo, sangro um pouco, nao sinto nenhuma dor. Acontece mais quando estou pra ficar menstruada, ou
então após uns dias do término da menstruação.

RESPOSTA: não é possível deteriminar, pode ser que voce esteja com uma ferida no colo do útero ou outra lesão, sugiro uma avaliação ginecológica.

PERGUNTA: Tenho um ferida no útero há vários anos,ja fiz cauterizaçao 3 vezes e nao deu muito resultado, as vezes sinto colicas sem estar no periodo menstrual, será que tem alguma coisa relacionada com isso?

RESPOSTA: Uma "ferida " no útero pode não necessitar obrigatoriamente a cauterização. O meu conselho é que faça uma Colposcopia, e avaliar se existe alguma área
que necessite de tratamento. Se o colo estiver OK, mantenha apenas o controle semestral.

PERGUNTA: Tomei anticoncepcional durante 10 anos me casei e a 6 meses não tomo a medicação e ainda não consegui engravidar. Será que tenho algum problema?

RESPOSTA: Até um ano de vida sexual sem precaução devem levar a uma gestação. Só a partir daí , você e seu marido deveriam procurar uma clinica de Reprodução Humana para investigação.

PERGUNTA: Pode ficar grávida, tomando pílula anticoncepcional?

RESPOSTA: A pílula contém hormônios, que podem afetar a formação de seu bebê. Se você está tomando adequadamente, não pode ter engravidado.

PERGUNTA: Estou gravida de 37 semanas,e sinto fortes dores e endurecmento na barriga,gostaria de saber se é normal,fiz a aminiocentese e deu normal,tenho receio de não saber se estou em trabalho de parto, gostaria que me ajudassem. Sinto muitas caibras no pé da barriga
nestes ultimos 3 dias.obrigada e conto com vcs.

RESPOSTA: Durante toda a gestação o útero se contrai. São contrações indolores, que duram 10 a 20 segundos. Se esta começarem a ser dolorosas , alerte seu médico para tal. As vezes o stress , cansaço ou esforço aumentam as contrações.
Procure ficar mais calma e repousar para levara gestação até a 39/40 semana.

PERGUNTA: O que faz diminuir a ação do anticoncepcional e levar a gravidez?

RESPOSTA: Não existe diminuição do anticoncepcional. Se houver esquecimento da tomada,
os niveis hormonais diminuem e a proteção da contracepção pode não agir, uma ovulação ocorrer e engravidar. Procure não esquecer. No máximo tome até 12 horas após a hora habitual. Se passar deste periodo, procure fazer outro método contraceptivo.

PERGUNTA: Minha menstruação não vem mais a um 1 ano e sete meses isso é grave? o que devo fazer?

RESPOSTA: A falta de menstruação denota uma alteração de sua função hormonal. Deve ser avaliada e se necessário tratada. A falta da regra em si não traz
qualquer dano, mas a alteração hormonal que causa a falta da menstruação, sim pode provocar desconforto. . Procure seu ginecologista para uma avaliação hormonal

PERGUNTA: Gostaria de saber se a candidíase vulvovaginite se atrasa a mestruação.

RESPOSTA: A infecção vaginal não interfere no funcionamento do útero e ovários. São duas coisas diferentes. Procure seu medico para um bom diagnóstico

PERGUNTA: Menstruei uma vez faz quase 9 meses, só que numca mais menstruei. Sei que não estou gravida pois sou virgem. Gostaria de saber por que não menstruei mais.

RESPOSTA: As primeiras menstruações, podem ser irregulares sem que isto denote qualquer tipo de problema. Se passar de um ano sem que menstrue, procure um ginecologista para avaliar seus hormônios e lhe explicar o que pode estar acontecendo.

PERGUNTA: Minha mulher fez laqueadura há 7 anos Ela tem 29 anos. Tem chance de fazer a reverçao?

RESPOSTA: A reversão da laqueadura pode ser tentada através de uma videolparoscopia, após alguns exames de avaliação. Outra possibilidade seria a fertilização in vitro , na qual não utilizariamos as trompas. Retiramos o ovulo, fecundamos no laboratorio e transferimos diretamente para o utero, sem a
necessidade de cirurgia.

PERGUNTA: Tenho micropolicistico, fiz um tratamento de mais de 1 ano com anticoncepcional e nao obtive resultados. Somente aumentou o tamanho o meu óvulo esquerdo. Gostaria de saber se existe um método caseiro
que eu possa usar para diminuir ou acabar e se corro risco de nao engravidar.

RESPOSTA: Os ovários policísticos são uma patologia de fundo hormonal. Não há no momento um tratamento de cura para esta patologia. O uso de pilula é um tratamento sintomático, ao parar tudo voltaria ao normal. Sugiro que procure um especialista para tratamento fertilidade

PERGUNTA: quero saber porque a capitura híbrida para hpv é indicada apenas para mulheres acima de 25 anos e quais são os exames que precisam ser realizados para saber se este virus existe? No homem com o tempo pode
desaparecer as bolinhas?

RESPOSTA: O HPV é diagnósticado através do exame preventivo do câncer, o Papanicolau. Deve ser feito por todas as mulheres com vida sexual, independente da idade. Quando descoberto a infecção por HPV, o mais importante é sabermos se existe uma lesão no colo do utero e qual a agressividade desta lesão.
A captura híbrida é um dos exmaes que podem ser feitos, mas não é considerado, hoje, fundamental.
Lembrem-se que a vacina do HPV deve ser aplicado em TODAS as mulheres que tenham vida sexual, e não estejam casadas ou em relação estável longa.

PERGUNTA: O que podemos ver através do ultrasom em uma gravidez?

RESPOSTA: A partir de 6 semanas de gestação o ultrasom já permite visualizar o embrião e os batimentos cardíacos. Daí em diante em determinadas datas, são realizados exames que mostrarão certas particularidades, buscando saber se o bebe é saudavel. Habitualmente fazemos exames na 6* semana, na 12* semana para avaliar a translucência fetal, na 22* semana para o exame morfologico, e depois
avaliações da placenta e análise cardíaca do bebe.

PERGUNTA: Gostaria de saber se tem como dar negativo o teste de gravidez bhcg?

RESPOSTA: O teste do beta HCG, demonstra a presença deste hormônio no sangue. A partir de 14 dias da ovulação, o exame deve ser positivo. Se negativo, o exame pode ter sido feito precocemente e ainda não positivou. O exame de urina, é menos sensível, podendo apresentar falso negativo. Se a regra estiver atrasada, procure um bom laboratório e faça o exame de
sangue.

PERGUNTA: Gostaria de saber se tem risco de engravidar quando temos relação menstruada?

RESPOSTA: O utero se prepara para receber o embrião, produzindo o endométrio, que é a camada interna que recobre a cavidade. Se a menstruação ocorre é porque a mulher não engravidou, o ciclo hormonal se interrompe e o endométrio é eliminado. Inica-se um novo ciclo e novo endométrio é produzido para receber o embrião. Logo, uma relação sexual na menstruação, não permite uma gravidez , pois não há ovulação neste período e não há endométrio para um embrião se implantar. Cuidados devem ser tomados, pois a mulher pode sangrar(e não menstruar) durante o ciclo, e à vezes algumas mulheres sangram na ovulação. Confundir um sangramento com menstruação pode levar a riscos de engravidar. Consulte seu ginecologista para um método de prevenção.

PERGUNTA: O que é utero bicorno?

RESPOSTA: O utero bicorno é aquele que na formação do organismo na fase fetal não se fundiu Adequadamente. É necessário um bom diagnóstico pois existe o útero bicorno e o septado, que podem ser confundidos. O bicorno não traria problemas obstetricos , mas o septado leva a abortamento.
procure um especialista para fazer uma melhor avaliaçãoSite Médico


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